Enfrentando as emoções
As dúvidas passam a fazer parte da vida dos nossos filhos quando eles entram na pré-adolescência. Nesta fase ocorre um aumento na produção de hormônios, que provoca uma série de sensações até então desconhecidas. Nossos filhos querem CONHECER e ENTENDER as sutilezas da vida. E aí, devemos orientá-los, eles esperam que sejamos seus guias nessa descoberta. Então surge a pergunta: Como vou guiar meu filho nessa aventura?
Eis algumas sugestões:
1. Nunca se esqueçam que vocês também já passaram por isso. Tentem lembrar das questões que levantaram na época. Suas dúvidas foram respondidas satisfatoriamente?
2. Não marque data para uma conversa sobre namoro, drogas ou qualquer outro assunto.
Para que uma conversa com nossos filhos dê resultados positivos, podemos seguir algumas dicas:
RELAXE e PENSE - Jamais inicie o assunto, se não se sentir preparado. Ler a respeito, conversar e trocar idéias com seu marido, médicos, pesquisar na Internet, podem ser ótimas maneiras de você definir o que realmente tem a dizer.
NÃO FORCE A SITUAÇÂO - O assunto deve surgir de maneira natural, o ponto de partida pode ser um comentário do seu filho sobre os namoros dos colegas ou um programa de TV.
VÁ DEVAGAR! Descubra quais são exatamente as dúvidas dos seus filhos. Muitas vezes, a curiosidades deles se prende a aspectos secundários das emoções, como a sensação de um beijo. Aí, não faz sentido você dar uma explicação longa para questões simples. Lembre-se, se eles não entenderem, vão perguntar novamente.
DISPENSE SERMÕES - Se seu filho quiser expor suas opiniões, saiba ouvir e respeitar seus pontos de vista, mesmo que você pense diferente. Só então apresente o seu pensamento sobre o tema e debata, eu disse debata e não retruque, o seu ponto de vista.
CUIDADO COM A DUPLA MENSAGEM - Você e seu marido são os maiores exemplos para seus filhos. Por isso, não adianta querer transmitir a eles o que não é colocado em prática em casa e o discurso dos pais tem que ser um só. Para isso, os pais têm que conversar sobre os problemas e entrar em concordância quanto a resposta, ao pensamento do casal.
DIVIDA A TAREFA - É importante seu marido também participar das conversas, para que os filhos se sintam apoiados por vocês e, além disso, às vezes o pai está mais próximo desse(a) filho(a) nesse momento e poderá esclarecê-lo com maior facilidade, além de oferecer outro ponto de vista. Contudo, como já disse antes, a mensagem deve ser aquela acordada pelo casal. Tenho ouvido de muitas mães: Se as dores foram sentidas por mim, se eu pari, as broncas são por minha conta. Você só é o provedor! Lembrem-se, tudo que falamos e fazemos são exemplos para nossos filhos!
APRENDA JUNTO - Caso vocês se sintam despreparados, ou pouco à vontade, para responderem a todas as dúvidas deles, procure ajuda junto a terapeutas e educadores. E, principalmente, não tenham medo de dizer que desconhecem tal assunto. Esta é a nossa melhor oportunidade de nos aproximarmos dos nossos filhos. Um grande abraço.
Dra. Adriana Cunha
Psicóloga - Coordenadora NIACP
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