Psicoterapia Breve
O termo psicoterapia (do grego psykhē- psique, alma, mente, e therapeuein- cuidar, curar) refere-se às intervenções psicológicas que buscam melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus sistemas interpessoais.
Baseia-se no corpo teórico da Psicologia e é praticada por pessoal especializado - o psicoterapeuta ou psicólogo clínico- em um determinado contexto (individual, grupo, família,etc...). Engloba um conjunto de linhas teóricas que norteiam as intervenções (ou atendimentos).
Uma dessas formas de intervenção é a Psicoterapia Breve – que consiste numa técnica que foi desenvolvida nas últimas décadas nos Estados Unidos e na Europa em resposta à demanda da necessidade de atendimentos psicoterápicos menos longos que os até então utilizados pela psicoterapia tradicional existente. Chama-se em primeiro lugar “breve” por oposição ou contraste com outro tipo de psicoterapia de ação prolongada. Às vezes a pessoa precisa de algum tipo de ajuda psicológica, mas não pode arcar com uma terapia longa e dispendiosa. É a chamada “terapia de tempo e objetivos limitados”.
São considerados como aspectos essenciais e característicos do método: atitude, planejamento e foco (Lemgruber).
Diferentemente de outras abordagens, na Psicoterapia Breve, o terapeuta tem um papel bastante ativo durante as sessões, atuando de maneira direta e participativa em todo o processo.
Apropriando-se do conhecimento teórico e técnico, da história biopsicossocial do paciente e suas circunstâncias, considerando os vários aspectos de sua personalidade, suas estruturas psicológicas, das modalidades relacionais e outros dados referenciais, o psicoterapeuta seleciona os pacientes que se possam beneficiar dessa técnica, onde podemos destacar como requisito mais expressivo o fator motivacional.
“Só pode ajudar quem está preparado para esse mister e quem está disposto a exercê-lo. Também só pode ser ajudado quem quer ser ajudado”(Knobel)
É através de instrumentos próprios da técnica, fundamentada no arsenal teórico eleito pelo psicoterapeuta, que o mesmo nos ajuda a identificar, clarificar e compreender melhor um comportamento ou um conflito e a obtermos a informação clara e precisa de suas causas, com o objetivo de podermos adquirir recursos para melhor lidarmos com situações que nos parecem difíceis, disponibilizando-nos instrumentos para fazermos mudanças e a encontrarmos soluções mais adaptadas, visando uma melhoria na qualidade de nossas vidas.
Esse tipo de atendimento é indicado quando enfrentamos dificuldades, que podem ocorrer em diferentes fases de nossas vidas, associadas principalmente ao relacionamento interpessoal.
Podemos citar, por exemplo, em situações de mudanças no processo evolutivo: adolescência, matrimônio, divórcio, menopausa, processos de luto, aposentadoria, idade avançada, na mudança de escola, de trabalho, perda de emprego, etc.
Em situações de crises ou descompensações, Transtorno depressivo leve, Timidez, Reação a estresse grave, Transtorno do pânico e ansiedade..., assim como para a promoção do auto-conhecimento.
A Psicoterapia Breve também pode nos levar a um reexame de padrões alterados de conduta, permitindo-nos abandonar essa condição, adotando padrões de conduta mais adequados com nossas possibilidades de prazer, rompendo com antigos modelos de comportamento baseados em conflitos não-resolvidos.
Contribuição da Doutora Marcia Cecilia R Teixeira (CRP 05/6207) – Psicóloga Clínica atua com crianças, adolescentes, adultos e idosos, no Centro Clínico do Méier. Contato m.psi@ig.com.br
Parceira NIACP
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