FONOAUDIÓLOGO E PSICOPEDAGOGO

FONOAUDIÓLOGO E PSICOPEDAGOGO
Felipe Ribeiro

NIACP Rio

Atuação voltada para o diagnóstico e acompanhamento dos Transtornos

de Aprendizagem, Comunicação, Necessidades Especiais e Inclusão.

Méier e Barra da Tijuca - Rio de Janeiro.

AVALIAÇÃO - TERAPIA INDIVIDUAL E EM GRUPO - SUPERVISÃO

CURSOS E PALESTRAS EM INCLUSÃO, MEDIAÇÃO E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA - AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

PARCERIAS EM AVALIAÇÕES COMPLEMENTARES

segunda-feira, 25 de abril de 2011

QUEM AMAMENTOU WELLINGTON? Siro Darlan

Queridos amigos, pacientes, mestres, pais e alunos, como sou um admirador do Desembargador do TJRJ Siro Darla, acompanho seu blog com frequência, copiei seu post e colei em nosso blog - logicamente indicando a fonte e inclusive convidando a todos à visitar http://www.blogdosirodarlan.com/

QUEM AMAMENTOU WELLINGTON?


Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, membro da Associação Juízes para a democracia e estagiário da Escola Superior de Guerra.

A tragédia de Realengo que custou a vida de 13 pessoas exige uma reflexão, não para identificar culpados e inocentes, mas para crescer ante esse fato antes nunca visto na escola do Brasil. Era previsível já que o perfil do jovem Wellington, se acompanhado por familiares e comunidade poderia ter gerado ações preventivas. Aliás, o sistema sócio educativo está cheio de adolescentes com esse mesmo perfil e, quem sabe agora haja um maior investimento no tratamento adequado.

Pouco se sabe sobre o perfil do responsável pela chacina porque sempre viveu ignorado tanto por seus familiares quanto por seus vizinhos e professores. O que se diz que ele era muito reservado, falava com poucos e tinha hábitos desconhecidos. Gostava de curtir sua solidão com a web. Não tinha namoradas, nem amigos.

Adotado apresentava um histórico de abandono por seus pais biológicos e a mãe biológica fora diagnosticada portadora de problemas mentais. Pelas manifestações de seus dois irmãos era um estranho em seu meio familiar. Perdeu há pouco tempo o pai adotivo e sua mãe, que parece, pelo conteúdo da carta que escreveu, a única referência de atenção que conhecera, tanto que manifestou o desejo de ser enterrado em sua companhia.

A solidão de seus 23 anos o oprimia e mesmo tendo freqüentado a escola onde perpetrou o crime planejado durante pelo menos três anos faltaram os recursos necessários para identificar a doença e lhe fazer companhia como era desejado. Recomendou cuidados religiosos com seu corpo que nunca fora tocado por uma mulher: afirmara-se virgem.

Pelo perfil das vítimas, mulheres em sua quase totalidade, parece que não foi amamentado nem com alimento, nem com a atenção. A forma cruel com que destinou às pobres meninas os tiros fatais atingindo o rosto para deformá-las e o tórax para não haver erros em seus desígnios demonstram o desprezo que tinha pelo sexo feminino.

Qualquer análise agora tem caráter especulativo, mas é de ser perguntar além da falta da maternidade, terá sido vítima do desprezo ou de bulling por parte de pessoas do sexo feminino? Que mulheres atormentaram sua solitária existência para serem tão odiadas? Além do abandono da mãe biológica, que outras mulheres o desprezaram ou maltrataram?

Como encaminhar as soluções para que casos assim não se repitam? Ninguém desconhece que o ambiente escolar tem sido contaminado por vários tipos de violência que se contextualiza em diversos segmentos sociais a partir da família. Algumas propostas já foram feitas para administrar conflitos e prevenir violências nas escolas.

É necessário praticar, aprender a ouvir, a dialogar, construindo vínculo entre diferentes dentro da escola (crianças, jovens, professores, funcionários, gestores e famílias) e entre a escola e o mundo lá fora (poder público e sociedade, universidades e empresas).

Por que, ao ver alguém como absolutamente outro, parte-se desde logo de uma lógica de exclusão, sem antes tentar entender melhor o que está em jogo e tentar aprender com as diferenças?

O modelo participativo a ser implantado deve estar atento às diversidades culturais e sociais e não excludente. O Projeto de Justiça Restaurativa que se experimenta em algumas cidades brasileiras e que já está consagrado em outros países como a Nova Zelândia, por exemplo, representa um esforço na construção de um modelo socialmente democrático de resolução de conflitos, marcado por um forte envolvimento comunitário.

O projeto é pautado por uma busca de promoção de responsabilidade ativa e cidadã das comunidades e escolas em que se insere e baseia-se na parceria primeira entre justiça e educação para a construção de espaços de resolução de conflitos e de sinergias de ação, em âmbito escolar, comunitário e forense.

Além desses projetos, são necessárias ações como dotar as escolas de orientadores educacionais, psicólogos e pedagogos que acompanhem os estudantes e seus familiares, assim como fomentar a institucionalização das Escolas de Pais, instrumentos de apoio e orientação das famílias nesse difícil e complexo processo educacional de formar cidadãos.

O que faltou a Wellington continua faltando a milhares de crianças brasileiras, sobretudo naquelas que habitam temporariamente as instituições de cumprimento de medidas sócio educativas. A qualquer momento tragédias como a de Realengo podem se repetir e não é admissível que administradores públicos continuem se fazendo de inocentes.

O abandono afetivo, psicológico, assistencial, educacional, familiar e, sobretudo a ausência de políticas públicas que respeitem e efetivem os direitos fundamentais de crianças e adolescentes são os ingredientes para novas violências. Quando as crianças são amamentadas com violência, respondem com violência. Quando são tratadas com respeito e afeto são cidadãos do bem e exalam amor e solidariedade.



Gostaria muito de propor um pequeno e saudável debate sobre o tema já tão explorado, mas com uma visão diferenciada e experiênte do desembargador Siro Darlan. Deixe seu comentário. Deixo a pergunta como evitar essa violência entre as crianças, em escolas, visto que tudo que a mídia oferece aos nossos aprendizes estimulam o bullying e a violência ou trapaça para conseguir o que quer?

 Equipe NIACP

PROBLEMAS EM SUA ESCOLA?- fale conosco... http://www.niacp.blogspot.com/

Bullying, Burnout, Alterações de comportamento, Alterações de comunicação, Oficina de Voz para professores, Oratoria Jovem Dicente, etc... Temas como Dislexia, TDAH, Autismo, Asperger, S.Down.
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terça-feira, 19 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

UFRJ 2011

II NIACP UFRJ - APRENDIZAGEM

No dia 01/04/2011 iniciou-se o segundo curso de extensão NIACP-UFRJ. O curso composto por quatro encontros foi iniciado com um tema que sempre gera dúvidas e até algumas polêmicas; Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia. O grupo trouxe algumas vivências e até mesmo alguns mitos que foram dissolvidos e esclarecidos. Falamos sobre como identificar esses alunos, as dificuldades que enfrentam no dia a dia e como podemos ajudá-los.


Lembre-se: Dislexia não é má alfabetização, não é preguiça e nem tem relação com a condição socioeconômica da família da criança. Alunos com dificuldades em reconhecer letras, dificuldade na alfabetização, dificuldades em soletração, leitura lenta, sílaba por sílaba entre outros sinais (vide apostila) podem estar apresentando dificuldade e até fracasso escolar devido à Dislexia. Você sabe o que fazer!

Nosso segundo encontro, no dia 08/04/11, teve como o tema TDAH, transtornos de comportamento e suas interferências na aprendizagem. Neste dia podemos explorar o que há de diferente em crianças muito desatentas, ou muito agitadas, compreendemos que nem sempre é má educação, falta de limites ou desinteresse. Muitas crianças apresentam alterações neurobiológicas que dificultam o aprendizado e muitas vezes levam ao fracasso escolar.
Lembre-se: Criança que parece ter dificuldades em ficar quieta, parece não ouvir as instruções, aparenta estar em "outro planeta" entre outras características (vide apostila), podem estar sofrer dificuldades na aprendizagem devido ao  TDAH.

Nosso terceiro encontro  no dia 15 de abril, abordou dois temas que interferem diretamente na dinâmica escolar da Instituição de ensino, e consequentemente no aprendizado. Falamos sobre um tema muito discutido e debatido nas últimas semanas denominado de Bullying. Houve a oportunidade de conhecer os envolvidos nesta violência e tomar consciência do nosso papel nessa situação.


Atenção: Quando observamos que nosso aluno, se isola nos intervalos, está sempre só, volta para aula sujo ou rasgado, com marcas, se os outros alunos e até professores os chamam por apelidos, entre outros sinais (vide apostila), precisamos observar e intervir, pois nosso aluno pode estar sendo vítima de Bullying, dentro da própria sala ou escola.

          Em seguida foi observado o outro lado na relação professor aluno, falando sobre a Síndrome de Burnout, onde os participantes foram levados a refletir sobre sua prática laboral, e descobriram que indisposições, falta de ânimo, dores no corpo entre outros sinais (vide apostila) podem ser bem mais que estresse, podes ser sinais de uma síndrome que afasta da profissão e até mata.


Atenção: Têm percebido algum colega muito estressado, apático, reclamando de exaustão, esquecimentos?  Oriente essa pessoa a buscas ajuda, ela pode estar apresentando sinais da Síndrome de Burnout.


O grupo é heterogêneo, interessado e participativo o que nos permite conhecer e trocar experiências sobre diversas óticas e vivências. Nosso último encontro será dia 30 de abril e abordaremos as relações entre os distúrbios da comunicação e a aprendizagem, que são justamente as alterações mais frequentes nas escolas, e que quando são percebidas precocemente, podem ser resolvidas até mesmo antes da alfabetização, evitando alterações na aquisição da leitura e da escrita. Está sendo um grande prazer conviver com esse grupo, certamente ficará saudade.


Felipe Ribeiro
Coordenador NIACP
Fonoaudiólogo e Psicopedagogo